O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), foi interrogado nessa segunda-feira (9) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, pelo também ministro Luiz Fux, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele foi o segundo a responder aos questionamentos na Primeira Turma do STF. O primeiro foi o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.
Após pouco menos de duas horas, o interrogatório de Ramagem foi encerrado. A sessão só será retomada nesta terça-feira (10/6), quando será ouvido o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.
Alexandre Ramagem é um dos oito réus na ação penal 2.668, que trata da suposta tentativa de golpe arquitetada para manter o ex-presidente no poder após as eleições de 2022.
Em suas respostas, Ramagem criticou a investigação da Polícia Federal (PF) sobre a trama golpista. Ele disse que a PF induziu a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) ao erro.
Ramagem disse ainda que tinha documentos sobre fraudes nas urnas, que que se tratavam apenas de “anotações privadas”. Ele negou que, enquanto diretor da Abin, tenha interferido para comprovar fraudes nas eleições.
Ele ainda negou que, na Abin, tenha feito monitoramento de alguma autoridade, inclusive ministros do STF.
Após ser questionado por Moraes, o ex-diretor da Abin foi interrogado pelo ministro Luiz Fux, que, em determinado momento, perguntou se no órgão existiam, então, “arapongas autônomos” agindo por conta própria.
Na sequência, Ramagem respondeu a questões colocadas pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Apenas o próprio advogado de defesa fez questionamentos a Ramagem. Os defensores dos demais réus abriram mão.
Fonte: Metrópoles